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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Respeito ao Consumidor

Em 2.008, mais exatamente no dia 21 de fevereiro, aconteceu um fato cômico com uma empresa aérea brasileira.
Como eu sei exatamente a data? Porque é dia de aniversário da minha mãe. E o fato acabou me envolvendo, apesar de que eu não tinha nada a ver com o peixe, embora o animal envolvido nesta história seja outro. Inclusive, acabei quase perdendo o jantar comemorativo da mama, com direito a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O nome da companhia aérea eu não revelo nem sob tortura.

Um vôo partido de Belo Horizonte faria escala em São Paulo e seguiria para Curitiba, seu destino final.
Quando pousou em Congonhas, foi detectada uma falha técnica na aeronave, sendo necessária a troca por outro avião. Enquanto os passageiros aguardavam o reembarque, uma equipe trabalhava na transferência das bagagens.
De repente toca o rádio da gerência da companhia no aeroporto:
- Sr., temos um problema: Por alguma razão que eu desconheço, um filhotinho de poodle que foi despachado no compartimento de cargas morreu.
- Dê um jeito de trazê-lo até aqui, sem que ninguém perceba.
O auxiliar tirou o animalzinho da caixa de transporte, colocou num saco e foi até o gerente, que pesou e mediu a altura do bichinho, foi para o seu micro e mandou email geral para os funcionários.
“A Quem estiver na base de Congonhas, no horário de envio deste email
Estamos com uma urgência:
Precisamos de um filhote de Poodle que seja branco, pese aproximadamente 1,2 kg e meça por volta de 18 cm, do chão ao dorso.
Dada a urgência – estamos sujeitos a processo indenizatório – quem puder ajudar será muito útil para nossa companhia. Para evitarmos que sejam conseguidos vários animais, pedimos a quem encontrar um nas medidas acima, o favor de enviar MSN para XXXX-XXXX, antes de concluir a aquisição".
 
Eu estava me preparando para ir embora, quando li o email. Na hora, lembrei de um amigo que tem uma petshop nas proximidades e liguei:
- Paulinho, tudo bom? Você tem poodle aí para vender?
- Cara, ninguém sobrevive no meu mercado se não tiver poodle a pronta entrega.
- Só que tem de ser branco, medir 18 cm e pesar perto de 1,2 kg.
- Por quê?
- Depois explico.
Pouco mais de meia-hora depois, estava eu entregando o bichinho para o gerente.
- O que eu faço com o animal morto? – quis saber o auxiliar.
- Jogue num lixo orgânico - orientou o gerente.

Fiquei sabendo que o passageiro aprontou uma confusão daquelas no aeroporto de Curitiba. A pedido da filhinha de 5 anos, embarcara com o totó  falecido no dia do retorno das férias mineiras a fim de enterrá-lo no quintal de sua casa, no Paraná.
Quando a gerente do aeroporto de Curitiba avisou o colega de São Paulo, a empresa que faz a coleta de lixo do aeroporto já havia feito seu trabalho.
A menininha acabou ganhando um novo amiguinho, mas a companhia foi acionada na justiça.