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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

C.V.V., Boa Noite

Não me perguntem o porquê, mas meu celular não para de tocar. Lembram do Centro de Valorização da Vida, aquele disque-desgraça? Pois é, perdeu pra mim. Mas o engraçado é que ninguém me liga pra reclamar das dívidas ou de problemas de saúde ou porque bateu o carro ou porque quer se matar. É sempre o mesmo assunto: O amor.
Justo eu, que não entendo lhufas de amor. Querem que eu resolva os problemas deles, sendo que eu não consigo resolver nem os meus. O amor não tem bula, fórmula ou regras. Não é certo, nem errado. Não escolhe raça nem religião. Como na música Loves´s in the air, flutua em toda parte, como uma gripe que a gente pega sem saber onde. É mais estranho que os quadros do Picasso. Não dá pra medir, nem pesar. Não tem cor nem cheiro. É como briga em estádio: Você sente a pancada, mas não sabe de onde partiu. Não segue lógica nem razão. Não conseguiu ser explicado nem pelos maiores filósofos gregos. Não poupa gente nova, nem gente velha. Dói mais que pedra nos rins, mas não existe Buscopan pra ele. Ele te pega, te vira de ponta-cabeça e te joga no chão, que nem os tornados americanos. Não tem hora pra chegar e muito menos pra ir embora.

- Andre? É a Gisele. Cara, estou “de quatro” pelo Pacheco, infelizmente não no sentido literal. Quê me recomenda?
- Tente o sentido literal.

- E aí, brother? Meu, eu dava tudo pra ficar com a Marcela, mas ela não larga aquele trouxa. Dou uma surra nela ou nele?
- Mas não é aquele sujeito gigante?
- Sim.
- Então, dê nela.

- Fala, mano. Putz, estou encrencado. Fiquei perdidamente apaixonado por uma gata que é casada.
- Bem vindo ao clube.
- Cara, eu falei pra ela que topava dividir. Nem precisava ser meio a meio. Que ela podia continuar amando 70% o marido dela. Me contentaria com 30%. Não entendo o amor...
- Evandro, não é o amor que você não entende, e sim as mulheres. Com mulher é tudo ou nada, não tem essa de meia calabresa e meia mussarela.
- E o que eu faço?
- Faça como eu, se jogue do alto de um prédio.

- Oi, menino, é a Claudinha. Preciso te contar uma coisa: estou amando a Mariana. – Êta tempos modernos!

- Quero me casar com ele.
- Mas ele já é casado.
- Mas eu quero me casar com ele.
- Surda! Ele já é casado.
- Mas eu quero me casar com ele.

- Caramba! Ela é tão linda que nem percebi que era um travesti.
- Deu tempo de descobrir antes da hora H?
- Sabe como é...

- Sou eu. Rapaz, sei que não devia, mas estou apaixonado.
- Por quem?
- Por quem, não, pelo quê. Estou apaixonado por outro partido.
- Ah, deputado, vá se catar.

- Putz! Estou dividido entre a Vilma e a Carol. Não consigo escolher entre a juventude da filha e a experiência da mãe.

- Andrezinho, como eu faço para levar o Bruno para a cama?
- Só se forem a uma loja de colchões. Querida, o Bruno é gay.

- Amigo, conheci um garoto que é uma gracinha. Só estou esperando ele completar 18 anos para levá-lo a um motel.
- Karina, tome vergonha, você já está cinquentona.

- Olha, se é ético ou não, estou envolvido com uma paciente.
- Que nojo, Tomás, você é veterinário!