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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cabeça De Mulher

Dizer que todos os homens são iguais ou que todas as mulheres o sejam, é de um simplismo que me causa pena. Só admito que cabeça de homem seja mais fácil de entender que de mulher.
Por exemplo: Conheço uns 40 mil caras. Desse estádio lotado, tirando aqueles que estão absolutamente solteiros, todos os demais são ciumentos. Apenas variam na intensidade. Existem apenas 3 situações que levam um sujeito a não sentir ciúmes pela respectiva:
1 – Ele não a ama, realmente.
2 – Ele não a ama, só convive naquela famosa zona de conforto.
3 – Ele não a ama, apenas suporta a relação.
Esqueça qualquer outra possibilidade. Será mais falsa que uma nota de R$ 3. Experimente vestir uma micro saia ou uma blusa com decote até o umbigo e convidá-lo para passear num shopping. Se ele aceitar sem protesto é porque o negócio está mal.
“Ah, ele confia em mim, posso ter quantos amigos quiser”. Então, além de tudo, ele é um baita mentiroso. Até homem que trai tem ciúmes da traída. Até marido de mulher feia tem ciúmes da baranga. Mas o que me interessa não é cabeça de macho. Já basta a minha. Me interessa o misterioso e indecifrável universo mental das mulheres.
Reuni, dia desses, um grupo de 15 amigas para uma sessão de “descobertas”. Foi um chá da tarde para elas, um uísque da tarde para mim.
Primeira rodada de perguntas: Falem-me do ciúme. Todas sentiam. Uma revirava os bolsos dele; outra procurava descobrir de onde vinham as despesas do cartão de crédito; outras 3 cheiravam os colarinhos; uma procurava fios de cabelos agarrados ao paletó; uma confessou que traía o marido, mas não gostaria que ele revidasse, mesmo consciente de que seria justo.
Acabei partindo para a segunda rodada: Falem-me de traição. Apenas um terço confessou alguma experiência neste campo. 13 achavam que o marido as traía; 1 não sabia dizer e 1 acreditava que não. Só numa coisa foram unânimes: Teriam repúdio por corno manso. “Se meu marido me pegasse numa escapada, teria de armar o maior barraco. Espernear, esmurrar o outro, rasgar minhas roupas”. Esquisito, né? “Não - respondeu – seria sinal de que ele tem sentimentos”.
Entrei noutro quesito: Por que vocês gastam tanto dinheiro com roupas? Perguntinha besta. Responderam o óbvio. Não era para agradar seus respectivos, mas sim para fazer as outras morrerem de inveja.
Daí, perguntei: Por que mulher fala sem parar? Pela primeira vez na vida, vi um grupo de mulheres manterem um silêncio sepulcral. Fiquei sem resposta.
Dei sequencia: O que vocês mais desejam na vida? Quase em coro ouvi “Ser magra!”
Por que mulher é tão egoísta no trânsito? Por que buzina tanto? Nenhuma concordou comigo.
Por que mulher adora discutir a relação? Explicaram, explicaram. Não entendi nada, não entendi nada.
Por que mulher diz "Não", quando gostaria de dizer "Sim"? De novo, explicaram, explicaram. De novo, não entendi nada, não entendi nada.
O que é ser mãe? Aí responderam coisas lindas, mas concordaram entre si. Acaba com o corpo.
E por falar em corpo, qual a importância da beleza? Descobri que é tudo e que assim que a coisa ficasse ruim, correriam para o cirurgião plástico.
Por que quando a paixão acaba, a maioria das mulheres mantém a relação? Conformismo, filhos, parentes, opinião pública, falta de apetite sexual, etc, etc.
Terminamos o encontro rindo de bobagens. Confirmaram tudo o que eu já conhecia sobre as mulheres. Tudo o que eu não sabia, continuei sem saber.