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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Vá Lamber Sabão

Estou mergulhado num sono profundo quando sou acordado pela minha esposa.
- André, acorda.
- Hum...
- Acorda.
- O que foi? Deixa eu dormir, vai.
- Acorda.
- Que horas são?
- Três e meia.
- O que foi? – Noto que ela esta sentada na cama.
- Estou com desejo.
- Tá, tá, me deixa dormir.
- Mas eu estou com desejo.
- Desejo de quê?
- Não vai rir...
- Hum-hum - balanço a cabeça negativamente, sem abrir os olhos.
- De sabonete. Estou com desejo de chupar sabonete.
- Que maluquice é essa? – abro um olho só.
- Eu sei que é maluquice, mas vou fazer o quê?
- Por que não dorme?
- Não dá.
- Faça como quiser. Chupe o que quiser. Só me deixe dormir.
- Mas não tem em casa.
- Tá maluca? Tá cheio de sabonete no banheiro.
- Não tem o que eu quero.
- Como é?
- A fragrância tem de ser de uva. – agora abro os dois olhos e fico encarando-a.
- Uva?
- É, benhê. Vai buscar pra sua mulherzinha, vai...
- Você quer que eu me levante no meio da madrugada e saia para comprar um sabonete pra você chupar?
- Ô, ´Môr. Não vai querer que eu saia com este barrigão enorme e sozinha, né?
- Você tem noção do quê está me pedindo?
- O Bebê vai nascer com cara de sabonete. E você vai ser o culpado. Por favor, vai. A drogaria da esquina é 24 horas. 5 minutinhos, vai.
Ai, meu Pai. Tá bom, tá bom.
Me vesti e saí. Um Baita dum frio. Chovendo que só. Revirei a drogaria. Nada. Perguntei pro balconista. Tinha acabado.
- Tem de ser de uva? - Tinha. Só não contei a razão, para não fazer papel de tonto. Ele me sugeriu procurar um Extra 24 horas. Fui. “Graças a Deus, achei” – pensei enquanto conferia o rótulo escrito em branco sobre a embalagem roxinha.
Cheguei em casa todo feliz e dei a ela o sabonete. Ela abriu a embalagem, olhou pro sabonete, olhou pra mim e disparou:
- Benhê, não é de uva roxa, eu quero é de uva verde!